Estudantes buscam soluções no mundo da pesquisa
- Luana nagel
- 23 de nov. de 2016
- 3 min de leitura
Resolver problemas. Quem nunca se deparou com isso? Desde muito cedo, alguns jovens acabam entendendo que estão longe dos contos de fadas da infância. A partir do contato com pesquisas, realizando vários testes, esses jovens tornam-se cientistas que trabalham por um mundo melhor.
Qual é realmente o tema a ser tratado? Quais são os objetivos? Como encontrar soluções? São perguntas que movem indivíduos que em meio aos estudos, amigos, família, às vezes trabalho, encontram tempo para procurar respostas. Jovens estudantes que se dedicam através da ciência, formam o grupo de sonhadores e pesquisadores como Albert Einstein e Thomas Edison, tão importantes para a sociedade.
Diversos países, estados, cidades e escolas permitem que esses sonhadores se encontrem em um grande evento para compartilhar conhecimentos. É em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, que a maior mostra de pesquisa científica da América Latina acontece.
Organizada anualmente pela Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, a Mostra Brasileira de Ciência e Tecnologia e Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia – Mostratec, é uma feira de ciência e tecnologia destinada para apresentação de trabalhos de pesquisa em diversas áreas do conhecimento humano.
Em 2016, a 31ª edição da Mostratec ocorreu entre os dias 25 e 28 de outubro, nos Pavilhões da FENAC. Com 640 projetos reuniu 840 alunos dos níveis de ensino fundamental, médio e técnico. Os participantes representaram 21 países: Brasil, Argentina, Bósnia e Herzegovina, Cazaquistão, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, Espanha, EUA, Holanda, Índia, Indonésia, Itália, México, Paraguai, Peru, Portugal, Tunísia, Turquia e Uruguai.
Para Paulo Thiele, coordenador do evento neste ano, a Mostratec alia descobertas, com interesse e pesquisa. “É fundamental para o País sermos desenvolvedores de tecnologia, deixando de ser apenas mão de obra. Com os projetos da Mostratec vemos que é possível avançarmos nessa área com as novas gerações, tecnologicamente e ambientalmente alfabetizada”, afirma Thiele. A preocupação dos jovens e o olhar nas causas sociais é destaque entre os temas dos projetos, de acordo com o coordenador.
Neste ano, a preocupação dos jovens com o olhar sobre causas sociais foi destaque entre os temas dos projetos, que foram divididos em 13 áreas do conhecimento. As premiações garantiram bolsas de estudo, certificações e credenciamento para outras feiras nacionais e internacionais.
Projetos
Murilo da Silva, 17, e Matheus Soares, 16, alunos do 4º ano Curso Técnico de Química da Liberato, desenvolveram adubo a partir de um resíduo. Eles utilizaram o lodo gerado no tratamento na E.T.E da indústria de celulose através de um processo microbiológico. “Apresentar o projeto na Mostratec é uma experiência enriquecedora, pois compartilhamos conhecimento com diferentes públicos, o que é uma forma de crescimento”, comenta Murilo.
O objetivo de realizar um projeto para participar da Mostratec foi alcançado pelas alunas de Eletrônica da Liberato – Caroline de Souza Machado, 15, e Millena Kupsinskü Martins,16. Pensando na dificuldade das pessoas em elaborar textos argumentativos, elas criaram o Apta Textual, um software que dá dicas na hora de escrever. “Enquanto o usuário produz o texto na nossa plataforma, o software indica erros de regência e dá dicas para melhorar a estrutura. Realizando uma análise com alunos que produziram o texto de uma proposta à mão e depois pelo software, constatamos melhora na gramática e no vocabulário”, comentam as estudantes.
O filme Frozen foi tema do projeto de pesquisa dos alunos Gabriele da Silva Nati, Camila Zanatta Reses e Mateus Eberarti Ferreira, ambos com 9 anos, do 3º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nereu Wilhelms, de Taquara. Ao notar a paixão da turma de 18 alunos pelo filme, a Professora Luciana Martins Alves trabalhou conteúdos de disciplinas como geografia e matemática de acordo com aspectos do filme. Inicialmente, levantaram suposições sobre o que poderiam aprender com o filme e depois realizaram pesquisas em sala de aula. Em um dos estudos do projeto “A turma 132 em uma aventura congelante: Frozen”, os alunos entenderam a formação da neve, descobriram os locais em que o fenômeno climático ocorre, além de produzir a neve artificial. “Nós também comprovamos que o filme está correto quando mostra que o abraço é um ato de amor verdadeiro. Oferecemos diversos abraços em um lar de idosos para entender isso”, contam as alunas caracterizadas de Elsa e Ana (personagens do filme). No final da apresentação, o grupo brinda os visitantes com a música tema do filme Frozen:
(Vídeo)
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